domingo, 13 de setembro de 2015


Origem dos répteis

Os répteis estão entre os mais antigos grupos de animais terrestres do mundo.
Os primeiros
répteis, como são conhecidos hoje em dia, evoluíram dos anfíbios há 250 ou 300 milhões de anos atrás e proliferaram com rapidez até se transformarem numa criatura terrestre.
Provavelmente, os primeiros répteis eram fisicamente parecidos com os que existem hoje em dia. Suas peles grossas e impermeáveis os ajudaram a manter a umidade e os ovos em conchas permitiram-lhes se desenvolver em ambientes secos. Estas adaptações os ajudaram a completar seus ciclos de vida na terra. Dessa forma, eles foram capazes de colonizar quase todo o ambiente terrestre muito rapidamente.
Os répteis que conhecemos hoje em dia representam um pequeno exemplo daquelas primeiras criaturas, a maioria evoluiu rapidamente em outras direções.
Registros de fósseis mostram que os dinossauros e seus parentes, por exemplo, foram descendentes dos primeiros répteis, e não ao contrário.
Com o tempo, vários grupos de répteis se diversificaram. Nos registros comparativos de fósseis, aparecem répteis parecidos aos mamíferos.
A descoberta do famoso fóssil do Archaeopteryx, em 1861, demonstrou que os pássaros também evoluíram destes primeiros reptilianos.
A origem dos répteis remonta ao fim do Carbonífero (há 300 MA). O desenvolvimento do ovo amniótico, isolado do meio exterior, constituiu uma adaptação chave na conquista do meio terrestre. Este factor foi primordial para a expansão dos répteis, que atingiu o seu ponto máximo durante o Jurássico, altura em que terão existido 17 ordens. No entanto, no final do Cretácio (há cerca de 65 MA), estes animais sofreram uma forte regressão. A queda de um grande meteorito, que teria provocado a obstrução da luz solar devido a poeiras enviadas para a atmosfera e o consequente arrefecimento global do globo, é apontada como a principal causa da extinção de numerosas formas reptilianas. Apenas 4 ordens terão conseguido subsistir a este período chegando até aos dias de hoje


Os Répteis pré-históricos que vivem até hoje são:

  • Tartarugas

Stupendemys geographicus replica Osaka.jpg

  • Jacarés


  • Cobra


Evolução dos répteis

Existem milhares de fósseis de espécies que mostram uma clara transição entre os ancestrais dos répteis e os répteis modernos.
O primeiro verdadeiro réptil é categorizado como Anapsídeo, tendo um crânio sólido com buracos apenas para boca, nariz, olhos, ouvidos e medula espinhal. Algumas pessoas acreditam que as tartarugas são os Anapsídeos sobreviventes, já que eles compartilham essa estrutura de crânio, mas essa informação tem sido contestada ultimamente, com alguns argumentando que tartarugas criaram esse mecanismo de maneira a melhorar sua armadura. Os dois lados tem fortes evidências, e o conflito ainda está por ser resolvido.
Pouco depois do aparecimento dos répteis, o grupo dividiu-se em dois ramos. Um dos quais evoluiu para os mamíferos, o outro voltou a dividir-se nos lepidossauros (que inclui as cobras e lagartos modernos e talvez os répteis marinhos do Mesozóico) e nos arcossauros (crocodilos e dinossauros). Esta última classe deu origem também às aves.

Características gerais dos Répteis

O nome réptil vem do latim reptare, rastejar. De fato a característica mais comum dos répteis é a locomoção por meio do rastejamento, roçando o ventre no solo.

Membros locomotores situados no mesmo plano do corpo (justificando assim, o rastejamento do ventre no solo)


Pele seca e frequentemente recoberta por fâneros, como escamas, placas dérmicas, plastrões e carapaças. Em muitos casos, ocorrem mudas dos tegumentos, com a eliminação das camadas mais superficiais da epiderme


O sistema digestivo é completo, com glândulas bem desenvolvidas, como fígado e pâncreas, terminando em cloaca


A respiração é estritamente pulmonar (os répteis possuem um pulmão com alvéolos, portanto melhor que o dos anfíbios)


A circulação é fechada, dupla e completa;
São pecilotérmicos


Quelônios


Quelônios ou testudines são nomes que agrupam todas as formas de tartarugas identificadas no mundo. A origem desses animais não é bem conhecida, embora se saiba que tenham surgido há cerca de 220 milhões de anos, quando o planeta possuía um único super-continente chamado Pangea. Existem atualmente 13 famílias de quelônios, com 75 gêneros e 260 espécies – destes, há apenas seis gêneros com sete espécies marinhas.



São facilmente reconhecíveis por causa de sua inconfundível carapaça (casco), formada pela fusão de sua coluna vertebral achatada com as costelas. Unida ao plastrão (parte ventral do casco), a carapaça forma uma caixa óssea rígida, revestida por placas de queratina, que serve de proteção contra os predadores.



São répteis e derivaram de ancestrais terrestres. Mesmo podendo se aventurar por longos períodos no ambiente aquático respiram por pulmões e necessitam sair da água para completar seu ciclo reprodutivo, colocando seus ovos no ambiente terrestre.



Ao contrário dos répteis terrestres, que mantinham a região ventral protegida pelo contato com o solo, a seleção natural favoreceu o desenvolvimento do plastrão, em um primeiro momento, e posteriormente da carapaça, como um escudo protetor contra o ataque de predadores.



A forma dos quelônios não mudou muito no processo evolutivo. As mudanças mais significativas ao longo de milhões de anos foram a perda dos dentes (substituídos por um bico), a capacidade de retração da cabeça e membros para dentro da carapaça e a adaptação dos membros conforme o tipo de ambiente.

Escamados



São os lagartos e as serpentes (chamadas de cobras).

Esses animais têm a pele recoberta por escamas e dividem-se em dois grupos menores: lacertílios e ofídeos.



Lacertílios

Compreendem os lagartos, os camaleões e as lagartixas, répteis de corpo alongado, com a cabeça curta e unida ao corpo por um pequeno pescoço.

Possuem quatro membros, sendo os anteriores mais curtos que os posteriores. Os lagartos são animais de sangue frio. Por isso, a maioria deles procura lugares quentes para viver. Muitas espécies habitam regiões tropicais úmidas ou desertos secos. Os lagartos vivem debaixo da terra, sobre o chão ou em árvores e plantas. Algumas espécies passam parte do tempo na água. A maioria dos lagartos tem escamas secas cobrindo o corpo. As escamas são pequenas placas lisas ou rugosas, com frequência marrons, verdes ou cinzentas.

Muitos lagartos possuem características singulares. Alguns têm chifres ou espinhos. Outros têm uma placa óssea em volta do pescoço. Essas características os ajudam a amedrontar seus inimigos e a mantê-los a distância. Algumas espécies possuem pregas de pele adicional nas laterais do corpo; quando as abrem, elas parecem asas, e esses lagartos conseguem planar de uma árvore para outra.

Dois tipos de lagartos são venenosos: o monstro-de-gila, que é muito vistoso e vive no sudoeste dos Estados Unidos, e o lagarto-de-contas, do México. O veneno deles é forte o suficiente para matar uma pessoa.

Reprodução:

A maioria dos lagartos se reproduz botando ovos. As fêmeas da maioria das espécies botam vários ovos de uma vez, mas as de alguns tipos de lagartos põem apenas um ou dois ovos. A casca deles é resistente, lembrando couro. Os lagartos costumam enterrá-los ou escondê-los debaixo de folhas. Em algumas poucas espécies, as fêmeas ficam vigiando os ovos até eles eclodirem, mas a maioria dos lagartos abandona-os depois de botá-los. Alguns poucos tipos de lagartos dão à luz filhotes vivos, em vez de botar ovos.


Ofídeos

Compreendem as serpentes ou cobras, répteis que não têm pernas. A grande maioria desses animais possuem glândulas que fabricam veneno.

Os dentes têm um canal ou sulco que se comunica com as glândulas produtoras de veneno. No momento da picada, o veneno escoa por esse canal e é inoculado no corpo da presa.
Orgãos Internos:

O pulmão esquerdo é muito pequeno ou mesmo ausente, uma vez que o corpo em forma tubular requer que todos os órgãos sejam compridos e estreitos. Para que caibam no corpo, só um pulmão funciona. Além disso muitos dos órgãos que são pares, como os rins ou órgãos reprodutivos estão distribuídos ao longo do corpo de modo que um esteja à frente do outro, sendo um exemplo de excepção da bilateral.

Reprodução: As serpentes usam um vasto número de modos de reprodução. Todas usam fertilização interna, conseguida por meio de bifurcados, que são armazenados invertidamente na cauda do macho. A maior parte das serpentes põe ovos e a maior parte destas abandona-os pouco depois de os pôr; no entanto, algumas autores entendem que essas espécies são ovovivíporas e retém os ovos dentro dos seus corpos até estes se encontrarem prestes a eclodir.


Crocodilianos

São os crocodilos e os jacarés. Grandes répteis aquáticos, os crocodilianos têm corpo alongado e recoberto por placas córneas. Possuem quatro membros, que são usados para a locomoção terrestre e aquática.

O jacaré tem a cabeça mais larga e arredondada do que a dos crocodilianos, e, quando fecha a boca, seus dentes não aparecem. Já o crocodilo tem a cabeça mais estreita e, mesmo com a boca fechada, alguns dentes são visíveis.

Jacarés e crocodilos habitam regiões tropicais, geralmente às margens dos rios.

No Brasil só existem jacarés. Eles são encontrados na Amazônia e no Pantanal Mato-Grossense.

Eles são répteis primitivos e evolutivamente mais próximos dos dinossauros e aves do que dos lagartos, por exemplo. São predadores de topo de cadeias tróficas e possuem o corpo coberto por escamas que se assemelham a placas.

Para o Brasil, são reconhecidas 6 espécies, sendo cinco de pequeno e médio porte e uma de grande porte, o Jacaré-açu, que pode alcançar 6 metros de comprimento total.

São amplamente utilizados pelo homem, seja para consumo de sua carne ou extração do seu couro para a indústria têxtil.